segunda-feira, 26 de abril de 2010

Finalmente OSASCO

Depois de um longo, e bem longo, jejum o Osasco voltou a vencer o time do Rio de Janeiro na final da super liga.

Foram quatro derrotas seguidas, tristes, desgastantes, e que levaram até o patrocinador histórico do vôlei osasquense se cansar, chutar o pau da barraca e ir embora.Osasco perdeu Paula Pequeno, o patrocínio, mas não a fé.
Muito boa


O técnico Luizomar se manteve, ajudou o poder público (que no caso do vôlei, foi rápido no gatilho) e logo estavam lá, todo mundo laranjinha de Sollys, da Nestlê. E que campanha.


"Poucos técnicos no mundo tiveram o privilégio de derrotar Bernardinho, hoje foi a minha vez", desabafou emocionado o treinador.


Desta vez a final foi no Ibirapuera, e a vitória veio ao melhor estilo das vitórias cariocas.


Saiu na frente, tomou a virada, e virou na hora que importava. Conseguiram outro feito. Ao invés de começar bem o set final, começaram muito mau. Mas a arrancada, sob o comando da delicada Natalia.

Enfim, parabéns para as meninas de Osasco. Muitos já não acreditavam, e já ensaivam o mesmo enredo antigo.


Elas não.

sábado, 17 de abril de 2010

O Espírito do Senhor Político


Mais atual do que o fantasma da ópera!
Mais temível do que os inimigos do Gasparzinho!
Nem os caça fantasmas são capazes de derrotar tais vilões!
É um espírito. Talvez sobrenatural, maligno, vivo e fatal.

Ele domina todas as repartições políticas brasileiras, destroça ideologias, aniquila honestidades, ou possíveis honestidades. Ele é impiedoso. Chama-se, o SENHOR POLÍTICO.

Um líder sindical, tem o respeito de todos os seus parceiros trabalhadores, ideias inovadoras, pensamentos socialistas e ideias revolucionárias. Um dia ele ganha, depois o SENHOR POLÍTICO já o domina, e as ideias se vão, a vontade de se manter no poder, de fazer história, de marcar é maior que o bem maior. Enfim ele se torna, ele se funde, ele é também um senhor político.

Outro tem no currículo a perseguição pela ditadura militar. Ele foge. Luta por democrácia, quer o tal bem maior. Cresce, a ditadura se vai, seus parceiros ao seu lado, são grandes renovadores de um dos momentos mais turbulentos do século no país. Só que ao chegar ao poder, o SENHOR POLÍTICO também o domina, e apesar de ser contrário as ideias do primeiro, faz coisas melhores e piores, enche de cobranças e busca mais poder.

A hora em que o espírito persuadi!Um cara comum decide se candidatar para ajudar. De cara já lhe explicam:
-“Você sabe do espírito do SENHOR POLÍTICO, não sabe?
-Como assim?
-Quando você entra, você participa de tudo, entende? O espírito da coisa, sabe.
-De tudo o quê?
-Bom. Certo, você quer dizer que participo dos projetos.
-Isso, dos ‘PROJETOS’, boa maneira de definir, está rápido no raciocínio.
-Ah, mas, e aquilo da ideologia, nossas propostas, melhorar a vida das pessoas.
-Isso, bem bacana, esse é o esquema da campanha, já fala direitinho!
-E depois?
-Depois, o quê?
-Nós não vamos fazer nada?
-Vamos, vamos sim! Porque para divulgar os ‘PROJETOS’ tivemos um apoio.
-Certo, e ai?
-E aí, que agora, retribuímos o apoio.
-Mas, isso é ético?
-Existe forma mais ética do que ajudar e retribuir?
-Mas não devemos conquistar melhorias para as pessoas?
-E ajudaremos muitas pessoas. E não se esqueça, também somos pessoas!
-Entendi, esse espírito é invencível?
-Olha, dizem por aí, que ele já caiu em alguns lugares, e que não existe em algum partido, ou talvez, em algumas cabeças. Existe até um minímo grupo que tenta caçar o espírito, mas são poucos, e até é meio lendário esse tipo de ação por aqui.

sábado, 10 de abril de 2010

Um time de Osasco

Futebol.
Anos e anos, e sua cidade, sempre tentou criar uma equipe de futebol.
Um time que tivesse identificação com a população, que divulgasse a cidade, e lógico, quem sabe, disputasse títulos.

É claro que o caminho é difícil para conquistar alguma hegemonia.
Começar, vencer, ter crescimento e chegar a elite.
Com esse intuito você se reune com um projeto.
É preciso apoio público para isso, e disso, todos sabem.
Talvez não seja certo, mas se não deve, que não se faça, não comece.

Em Barueri, vizinho de Osasco, se investiu no time até a primeira divisão do Paulista e do Campeonato Brasileiro. Depois, por divergencias políticas, o time foi para Prudente, e a torcida ficou a ver navios. (Embora montaram outro Barueri, só que pra chegar a primeira de novo, demora um pouquinho né).

O poder público decide ajudar.
Decide investir.
E pronto o time está montado.

Primeiro ano, acesso da quarta para a terceira divisão estadual.
Segundo ano, dificuldades. Jogos acirrados e emocionantes.
Viradas épicas, mesmo em uma terceira divisão.
Goleada e festa em seu pequeno estádio, que pela primeira vez, recebe um bom público.
É o início da confiança da torcida.

A cidade começa a conhecer o time.
Dois acessos em dois anos.
No terceiro ano a disputa é mais forte.
O campeonato é mais difícil e necessita de investimento.

Lembra o poder público que decidiu investir lá atrás. Não tem mais dinheiro.
Abandona o time.
E a partir daí, siga em frente.

O time que estava perto da primeira, volta para a terceira.
E volta com estilo. Vigésimo isolado
Venceu uma partida, das 19 disputadas.
Por muito pouco, não consegue 100% de não aproveitamento em casa.

Enfim, será que vale a pena montar um time, para abandonar depois.
Mas, quem sabe, em ano de eleição municipal, não voltem a investir.
Pois pra quê serve um time ajudado pela Prefeitura, se não for unicamente, para ajudar quem autoriza dar dinheiro?

Melhor não ter começado.
Campanha do Grêmio Esportivo Osasco na Série A2:
19 Jogos, 1 Vitória, 3 empates e 15 derrotas!!!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Renato Russo, 50 anos de um mestre


Imagem Vitrola News: http://migre.me/t8Ga
"Havia um tempo, em que eu vivia, um sentimento quase infantil." No início da banda, muita revolta e uma vida alucinante mostravam como era o "Aborto Elétrico", primeiro grupo do cantor.

"Tire suas mãos de mim, eu não perteço a você, não é me dominando assim, que você vai me entender." Foi assim, que em Brasília, Renato cresceu. Pegou o fim da ditadura, que ainda atrapalhava muito artistas promissores.

"Somos o futuro da nação, Geração Coca Cola." O tempo passa, e ninguém mais tinha controle sobre o sucesso do grupo. Com letras de cunho crítico, a tudo que acontecia na sociedade, a banda se consolida.

"Brigar pra quê, se é sem querer, quem é que vai nos socorrer, será que vamos ter que resolver, entres os erros a mais, eu e você." Letras que marcavam, e que às vezes, ao invés de inspirar pensamentos em seus fãs, acabavam em brigas, vandalismo, longe de ser, o objetivo de Renato. O cantor pessoalmente, segundo descrições, parecia um ser frágil, contrário a voz imponente demonstrada no palco.

"Tentei chorar e não consegui." No estádio Mané Garrincha, na capital Federal, de volta ao início, o show que era pra ser o melhor da vida de Russo (como ele planejava), descambou para a destruição, ódio das pessoas a banda e um certo massacre jornalístico. Renato não voltou a cantar em Brasilia.

"Quem acredita sempre alcança." Renato queria ter uma banda de sucesso, e foi, a maior do rock no Brasil com mais de dez milhões de discos vendidos.

"Aonde está você agora, além de aqui dentro de mim." Infelizmente, o fim foi melancólico, triste, solitário que domina alguns gênios alcançou Renato Russo. O cantor notou que mudanças são ímpossíveis, desanima com o Brasil que vê.

"É preciso amar, as pessoas como se não houvesse amanhã". As músicas mudam a sonoridade, mas seguem poéticas e sobre temas polêmicos, como ''Pais e Filhos' que trata de suícidio.

"Se lembra quando a gente, chegou um dia acreditar, que tudo era pra sempre, sem saber, que o pra sempre, sempre acaba." Renato estava com Aids. Assumiu a homossexualidade já fazia algum tempo. A doença foi a causa de seu fim.

"Ainda é cedo", e foi muito cedo, com 36 anos Renato morre no Rio de Janeiro. Mas seus feitos são imortais.

"Que país é esse?"
A pergunta de Renato segue sem resposta, sem mudanças, com muitos dos mesmos problemas depois de vinte anos. Talvez, um pouco melhor.

"Ele queria ir para Brasilia, falar com o Presidente pra ajudar toda essa gente que só faz sofrer." Hoje faltam cantores com ideias, e sobram "rebolations".

Bem vindo

Aproveite para criticar, sugerir e ver a vida do modo diferente que ela merece.