sexta-feira, 24 de junho de 2011

Um pouco menos de morte



Estrada do Campo Limpo, sentido Centro, domingo à noite. Um ônibus atinge um carro e o prensa em um poste. Em decorrência do acidente a via é bloqueada, bombeiros são chamados e o helicóptero Águia da Polícia Militar foi acionado para socorrer a vítima. Não se sabe o estado da vítima.

Ponte João Dias, também na zona sul de São Paulo. Um motoqueiro, que levava sua esposa grávida na garupa atinge a mureta da ponte. Ambos caem na marginal. O motoqueiro ainda é atropelado por um carro. Ninguém sobrevive.

As manchetes dos jornais, muitas vezes parecem um obituário. Um amontoado de acidentes, assaltos, mortes, e todo tipo de desgraça impensável. Isso, logo pela manhã quando começamos o dia, na hora do café da manhã. Tudo é repetido na hora do almoço, e à noite a cidade está em alerta e o Brasil é urgente.

Não que não seja importante mostrar o mal e os problemas que podem afetar qualquer um. Mas ganharíamos muito mais tentando, além de mostrar o lado ruim, explicar como tentar impedi-lo, trazer as opções para melhorar a situação de grandes metrópoles, abordar o que pode ser feito e, claro, denunciar os desmandos do poder público e das empresas que teriam o dever de agir em algumas situações.

A vida do brasileiro já é muito dura para ele ter que ligar a televisão e imaginar que ela é ainda pior.

domingo, 5 de junho de 2011

Volta dos trens anima trabalhadores

O dia em que São Paulo quase parou. Interessante quando ficamos felizes de voltar a ter as dificuldades de antes


Estação da Luz. Terminal serve de integração para três linhas da CPTM (Foto: Paulo Talarico)

Depois do fim da greve geral dos ferroviários da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, na quinta-feira, um sentimento novo dominava pessoas dependentes do transporte público.

Por mais que enfrentassem novamente seus vagões lotados, filas e brigas para subir as escadas rolantes, além da disputa até pelo espaço do chão, as pessoas tinham a sensação de que a vida estava melhor.

“Podem dizer o que quiserem, falar o que falarem, mas que faz falta, faz falta”, dizia um operário na Estação Barra Funda. E realmente falta fazem mesmo.

São mais de duas milhões de pessoas utilizando todas as linhas da CPTM. A greve as obrigou a buscar alternativas. Pegar os ônibus já lotados, para estações de Metrô ainda mais lotadas (em Itaquera, quase 1 km de filas). Os metroviários também ameaçaram uma paralisação, mas aceitaram a proposta do governo.

Ainda não houve decisão sobre o reajuste pedido pelos funcionários. O que dá medo. Medo de mais uma manhã de horrores em São Paulo. Afinal, a briga por um aumento digno é o mínimo que os trabalhadores devem fazer.

Por pior que seja, os trens fazem falta. No entanto, é interessante observar que quando as coisas pioram, as pessoas até se sentem felizes, por terem de novo, a vida ruim que já tinham.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

A volta do Vasco - Campeão da Copa do Brasil


Um time de renegados. Desacreditado, e campeão.

Do desacreditado Ricardo Gomes, a quem cabe os méritos por organizar a casa e os elogios por finalmente vencer.

De um Diego Souza, também menosprezado em São Paulo e em alguns clubes pelos quais passou, até chegar ao Vasco.

Bem vindo

Aproveite para criticar, sugerir e ver a vida do modo diferente que ela merece.