sábado, 30 de junho de 2012

Já pensou: Dois dias para decidir a queda do seu presidente


O noticiário nacional trouxe a queda do presidente paraguaio, Fernando Lugo, como um golpe de estado realizado pelos deputados e senadores daquele país. Mas já imaginou um processo como esse no Brasil?

Longe de apoiar um movimento que seja a favor da instalação de ditaduras, ou que beneficiem apenas o interesse de alguns poderosos, mas convenhamos, resolver um processo em dois dias, é algo que o judiciário e o legislativo do Brasil jamais chegou perto.

Imagine, Paulo Maluf, José Sarney, Demóstenes Torres, José Dirceu, dentre outros ainda mais simpáticos, terem a definição de sua queda em dois dias. Imagine, o congresso mobilizado por um objetivo, agindo em prol da nação e com a solução em apenas 36 horas. Um sonho.

Não sabemos ao certo o que aconteceu no Paraguai, nem saberemos. Mas ter uma eficiência dessa é, no mínimo, tentador. 

sexta-feira, 29 de junho de 2012

A suave voz do maquinista


Cheio, o trem não parte. A demora no intervalo faz com que mais pessoas entrem, e que a porta não seja fechada. Eis que surge a ameaça do maquinista:

― Favor, não segurem as portas, isso causa atrasos. PEENNNN, PEEENNN, Não segurem as portas.

O barulho é uma ameaça a mais. "Seja educado, pois eu posso deixá-los surdos com minha campainha", ele deve pensar. Afinal de contas ele só quer ir logo, não pretende ser a causa dos atrasos de toda a linha, sem contar que ele não tem a menor ideia do que está acontecendo com os passageiros.

domingo, 10 de junho de 2012

“Eu estou feliz porque estou voltando para casa”


Uma imagem colorida e meio embaçada abre a cena. Depois, um homem de terno marrom vem caminhando com um imenso sorriso no rosto, cantarolando.  


Porém, ao invés de "Quem quer dinheiro" ele canta com a voz grossa: ai aiaia aiaiai aiaia aaaaaa aiaia Iaiá ia Iaiá ieieieiei oooooo

sábado, 2 de junho de 2012

A viagem nossa de cada dia

Ao sair de casa, o medo começa a tomar conta de quem precisa chegar ao trabalho. Um dia antes, os trens do Metrô não funcionaram, por causa de uma paralisação dos condutores. Mas a promessa hoje era de um dia melhor. No entanto, outro fator pegou muitos de surpresa enquanto paravam no ponto de ônibus.

O primeiro sinal foi o aumento de carros indo no sentido contrário. Um trânsito intenso se desenhava, ainda no bairro. O segundo sinal foram as pessoas que não paravam de chegar nos pontos. E o terceiro, que sacramentou mais um dia turbulento, foi o motociclista que ao passar gritava.

― Ninguém vai trabalhar, ninguém vai trabalhar. Não tem ônibus hoje.

Bem vindo

Aproveite para criticar, sugerir e ver a vida do modo diferente que ela merece.