quinta-feira, 1 de abril de 2010

Renato Russo, 50 anos de um mestre


Imagem Vitrola News: http://migre.me/t8Ga
"Havia um tempo, em que eu vivia, um sentimento quase infantil." No início da banda, muita revolta e uma vida alucinante mostravam como era o "Aborto Elétrico", primeiro grupo do cantor.

"Tire suas mãos de mim, eu não perteço a você, não é me dominando assim, que você vai me entender." Foi assim, que em Brasília, Renato cresceu. Pegou o fim da ditadura, que ainda atrapalhava muito artistas promissores.

"Somos o futuro da nação, Geração Coca Cola." O tempo passa, e ninguém mais tinha controle sobre o sucesso do grupo. Com letras de cunho crítico, a tudo que acontecia na sociedade, a banda se consolida.

"Brigar pra quê, se é sem querer, quem é que vai nos socorrer, será que vamos ter que resolver, entres os erros a mais, eu e você." Letras que marcavam, e que às vezes, ao invés de inspirar pensamentos em seus fãs, acabavam em brigas, vandalismo, longe de ser, o objetivo de Renato. O cantor pessoalmente, segundo descrições, parecia um ser frágil, contrário a voz imponente demonstrada no palco.

"Tentei chorar e não consegui." No estádio Mané Garrincha, na capital Federal, de volta ao início, o show que era pra ser o melhor da vida de Russo (como ele planejava), descambou para a destruição, ódio das pessoas a banda e um certo massacre jornalístico. Renato não voltou a cantar em Brasilia.

"Quem acredita sempre alcança." Renato queria ter uma banda de sucesso, e foi, a maior do rock no Brasil com mais de dez milhões de discos vendidos.

"Aonde está você agora, além de aqui dentro de mim." Infelizmente, o fim foi melancólico, triste, solitário que domina alguns gênios alcançou Renato Russo. O cantor notou que mudanças são ímpossíveis, desanima com o Brasil que vê.

"É preciso amar, as pessoas como se não houvesse amanhã". As músicas mudam a sonoridade, mas seguem poéticas e sobre temas polêmicos, como ''Pais e Filhos' que trata de suícidio.

"Se lembra quando a gente, chegou um dia acreditar, que tudo era pra sempre, sem saber, que o pra sempre, sempre acaba." Renato estava com Aids. Assumiu a homossexualidade já fazia algum tempo. A doença foi a causa de seu fim.

"Ainda é cedo", e foi muito cedo, com 36 anos Renato morre no Rio de Janeiro. Mas seus feitos são imortais.

"Que país é esse?"
A pergunta de Renato segue sem resposta, sem mudanças, com muitos dos mesmos problemas depois de vinte anos. Talvez, um pouco melhor.

"Ele queria ir para Brasilia, falar com o Presidente pra ajudar toda essa gente que só faz sofrer." Hoje faltam cantores com ideias, e sobram "rebolations".

3 comentários:

Anônimo disse...

Renato Russo foi um ícone de seu tempo. Marcou, deixou histórias e saudade. Entretanto, não há como comparar o objetivo das letras de Renato com o novo ritmo de Parangolé. O Rebolation é bom, o rebolation é bom, bom, bom simplesmente porque diverte as pessoas. Este é o seu objetivo primário.
O rebolation nada mais é que o Tchan do momento e neste aspecto está sendo bem sucedido!

Gostei muito da maneira como construiu o texto!

Marilis Dutra disse...

Nossa Renato Russo o melhor poeta, ninguém se compara a esse icone!
que se eternizou com sua Obra!!

Parabéns pelo Post
bjss

Joy Barreto disse...

ótimo post!

Bem vindo

Aproveite para criticar, sugerir e ver a vida do modo diferente que ela merece.