terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Parabéns Rosas de Ouro

O carnaval chega. Aquele feriado maravilhoso. Na tv, desfiles espetaculares. Mulheres com fantasias, e sem fantasias. Escolas com alegorias mágicas, enredos contagiantes, fruto de um árduo trabalho de um ano, para em pouco mais de uma hora, mostrar ao público que veio pra vencer.

Têm os que não ligam nada para o desfile. Até ligam a Tv neles, pois não conseguiram um ingresso. Mas a Tv ligada, está ali por estar. Atenção pra valer ninguém presta, mas mesmo assim, o momento mais emocionante se aproxima.

É A APURAÇÃO.
NOTA ... DEZ. (Essa paradinha do narrador é imortal).
Parece tudo bem ensaiado, e cada nota, sai emocionante. Tudo bem que o carnaval paulistano sempre inventa, e reiventa. Elimina a maior e a menor nota, pra quê somar? Pra quê deixar fácil se pode ser mais difícil. Ou então, três jurados, não cinco.


Mesmo assim você acompanha. Nota a nota, o momento derradeiro se aproxima.

TORCIDA.
Nos ginásios, muita festa, agonia, tristeza, aflição. A torcida pela sua escola e a “cecada” nas adversárias segue um ritmo alucinante. Um grande conflito de alegrias e tristeza. Afinal, milhares trabalharam em um projeto, e a coroação é tudo, vale muito. “Participei da Escola campeã do carnaval neste ano”.

Só que mesmo quem não tem ligação, está ali, vendo a apuração. No início ele pensa, poxa, tenho que torcer para alguma escola. Às vezes, você só assiste para dar azar a uma outra, aquela que é parceira de um time. E logo teve uma adversária, também ligada a torcida de outro. E você, decide torcer para um tal de Rosas de Ouro.

E a Rosas sempre perde. COMEÇA super bem, mas não tem fôlego. É isso que você sempre percebe. Vence uma Império, depois uma Gaviões, X-9, Vai vai, Mocidade, mas a vez da Rosas parece que nunca chega.

Você começa a ficar meio fanático, percebe que se não fosse o regulamento a Escola ganharia. Pra quê eliminar a maior e a menor. Somem todas as notas e deixem a Rosas vencer!

ROSAS DE OURO CAMPEÃ DO CARNAVAL 2010

A Rosas de Ouro foi a campeã do carnaval paulistano. Com o enredo “CACAU: Um grão precioso que virou chocolate sem dúvida, se transformou no melhor presente!”, a equipe obteve 270 pontos, ultrapassando apenas no último quesito a Escola Mocidade. Foi o nono título da agremiação que não vencia desde 1994.

Notas tristes: É preconceito?

Segundo o presidente da Gaviões da Fiel a derrota foi por causa do “preconceito”. Não importando o time a quem torcem, mas cá entre nós, é complicado acusar pessoas de preconceito dando o exemplo que a diretoria da agremiação deu ao acompanhar a apuração. Ao jogar cadeiras na direção do carnaval, os integrantes da escola incitaram a torcida a fazer o mesmo. A partir daí, objetos foram arremessados, atingindo inclusive um repórter da Rádio Capital. O exemplo dado pelos diretores foi seguido a risca por quem deixava a quadra da escola. Torcedores armados com pedaços de madeira ameaçaram os motorista que voltavam do feriado na Marginal Tietê.



Não importa o time que torçam. As outras escolas que tinham ligação com certas torcidas já deram claros exemplos de que não estão querendo apenas participar de uma festa. Elas servem como fachada para o vandalismo. Tomara que o mal que já dominou os campos de futebol não entre com força, também no carnaval. Para isso, é preciso saber vencer,e principalmente perder.

Mas uma nota boa. Os presidentes de Mancha Verde (escola que não se envolveu em confronto) e da Gaviões da Fiel se cumprimentaram depois do resultado. Podia bem ser esse sempre, o espírito do carnaval. "A gente não tira ponto deles, se perder pontos, é por erros nossos", disse Michel Serdan, Mancha verde, depois de conversar com o Eduardo Fontes da Gaviões.

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