Husc: Os índios alegam que a represa poderá acarretar menor vazão no rio Xingu e prejudicar o acesso à água e aos recursos naturais do rio - o que é, obviamente, discutível, mesmo porque a barragem acarretará num lago pequeno, donde a vasão do rio não resultará muito menor do que a atual.Alegam também que áreas de caça e de eventuais aglomerações indígenas serão atingidas ou ameaçadas, bem como áreas naturais das quais eles se servem.
Pergunto: será que os índios são tão importantes assim, que não possam ser "desapropriados" pelo Poder Público", como todos nós podemos ser, quando o Estado necessita de áreas onde residimos?Impedir a construção da usina, que beneficiará milhões de brasileiros com o desenvolvimento da Amazônia, em prol de alguns milhares de índios que preferem viver em estado neolitico é, simplesmente imoral. Mas será que eles preferem isso mesmo, ou são apenas massa de manobra de potências estrangeiras que têm medo de nosso crescimento econômico-agro-industrial?
A questão de Belo Monte se desenrola desde os anos 70. A opinião dos indigenas foi respeitada, eles tiveram voz nas reuniões antes da aprovação?
Husc: Sim, eles tiveram voz, mas quase que exclusivamente, através das ONGs (que, inclusive, os insuflava), e isso se deu de forma exaustiva. No mais, tomaram parte nas discussões servindo de "molho" nos debates com seu colorido leque de ameaças, inclusive, como inimputáveis, agredindo pessoas pertencentes ao Governo Brasileiro e às firmas, estatais e/ou particulares que, eventualmente, iriam construir a represa - como se viu na TV.
Você disse que no fundo é uma questão indigenista. Eles estariam manipulados pelo lobby de ONG's estrangeiras? Inclusive as que tentaram impedir o leilão?
Husc: O que é que vc acha? Obviamente que sim! E não é de hoje, isso acontece desde o chamado "Encontro de Altamira", 30 anos atrás. E como se não bastassem as ONGs, ainda temos artistas de cinema, como Sigouney Weaver e seu diretor Cameron (do filme Avatar), que têm o topete de dar palpites sobre Belo Monte. Isso é um insulto, um desrespeito, à soberania brasileira! Com que direito esses indivíduos podem, impunemente, se intrometer na vida do nosso país? - e com uma prepotência, uma arrogância de estarrecer, como se eles fossem autoridades para tanto! Por acaso nós criticamos os projetos norteamericanos - apesar de sabermos que eles praticamente acabaram com as suas florestas e chacinaram seus índios? Que moral eles têm para ficar nos criticando? Nenhuma! Eles não têm nada que se meter na nossa vida! Isso é uma audácia, uma impertinência, um abuso!
Dá vontade de mandar esses caras para onde? Desculpe a revolta, mas considero essas pessoas inimigas do Brasil. Pois também sei que eles são parte do sistema oligárquico angloamericano que não quer ver o desenvolvimento do Brasil, que não quer que o Brasil faça concorrência aos produtores norteamericanos. O desenvolvimento da Amazônia (que será proporcionado por Belo Monte), simplesmente, apavora aqueles caras. É muito fácil de entender, não?Pois é isso. Tais Iniciativas foram e são lideradas pelo WWF e seu braço indigenista, a Cultural Survival, e outras, tais como a Friends of the Earth (Amigos da Terra), além de ONGs "brasileiras" (de fachada, mas mantidas por países estrangeiros).
Usinas hidrelétricas são as melhores formas para a produção de energia de forma sustentável?
Husc: Esse negócio de "crescimento sustentável" é uma farsa, mas que todo mundo está engolindo. Atualmente, tudo tem que ser feito de forma "sustentável". Como uma festa no sul do Brasil, onde toda a decoração foi feita com garrafas plásticas recicladas. Só que, ao mesmo tempo, toda a cidade, literalmente toda ela, foi coberta por lampadazinhas... E a energia que foi necessária para acender essas lampadazinhas? Também foi "sustentável"?
Ninguém sabe, nem os cientistas, o que é, de fato um "crescimento sustentável". Só se sabe que ele, na realidade, significa: crescimento zero. Não há forma completamente sustentável de se conseguir alguma coisa, pois sabe-se que "na natureza nada se cria, tudo se transforma". Não há como produzir energia a partir do nada. Alguma coisa deverá ser transformada ou usada, de uma maneira ou de outra, para a produção de energia. O máximo que se pode conseguir é formas de energia renováveis. Energias solares e eólicas necessitam de uma quantidade imensa de equipamentos para ser produzidas (pois têm fatores de produtividade extremamente baixos - cerca de 20% de eficiciência, no máximo, se comparadas à energia proveniente de petróleo etc).
E esses equipamentos são produzidos a partir de matérias-primas provenientes de onde? Da natureza, obviamente, e gastando outros tipos de energias para ser fabricados. E com sua necessidade de grandes áreas para serem dispostos, onde fica a Natureza nisso?
A energia hidrelétrica é, ainda uma das que menos prejuizos causa ao meio ambiente. A energia nuclear também é boa em termos de rendimento. Na França ela responde por cerca de 80% da energia do país.
Qual a diferenças da construção desta usina das outras já existentes no país?
Husc: Não há grandes diferenças, a não ser pelas dimensões do lago, as quais, devido à insistência das entidades ambientalistas-indigenistas (leia-se ONGs, mormente estrangeiras), foram drasticamente reduzidas a ponto de até poder causar prejuízos à futura operação da usina, com significativa redução de sua capacidade energética e de sobrevivência nas ocasiões de estiagem. Pode-se também considerar uma diferença o fato de a usina não possuir eclusas (o que também foi alvo das ONGs) para permitir o transporte fluvial.
Existem outras regiões como opção além de Belo Monte?
Husc: Claro que sim, mas talvez não permitindo uma usina tão importante em termos de geração de energia e localização estratégica. Mas, mesmo que haja outos projetos, onde quer que eles se encontrem, o movimento ambientalista internacional irá boicotá-los, inexoravelmente, pois seu objetivo é o não-desenvolvimento sócioeconômico do Brasil. Exemplo: se Brasília fosse planejada hoje, será que seria construída? Certamente que não, a não ser que o Governo Brasileiro peitasse o establishment estrangeiro com toda energia. Mas a que custo isso se daria?
Em breve mais textos sobre o tema