domingo, 15 de agosto de 2010

O humor pode ser uma alternativa

Programas humorísticos podem ser usados para atrair um maior público nas discussões sociais

Imagem do Blog do Tás: http://migre.me/150Xu


Atrair jovens para questões de relevância e aos problemas sociais não é fácil. Principalmente quando o mercado do entretenimento é tão forte entre adolescentes e atinge inclusive às crianças.

Contudo, apostas em programas como o "CQC - custe o que custar" e a "A Liga" na Band, ou mesmo portais como o Charges.com.br, conseguem conquistar um bom público através do humor, mesmo quando tratam de política.

Essa visão é enfatizada pelo ancora do CQC Marcelo Tás, que com mais de 25 anos de carreira, e muitos personagens na tv, tem recebido uma grande adesão de jovens que assistem ao programa. "Por conta da internet, notei que gente muito jovem assistia ao programa, e pior, usam o CQC na sala de aula. Desde, estudantes que utilizam na aula de direito quadros como o 'Proteste Já', como também a molecada, que me diz que não acompanhava jornal, e passou a ler por causa do nosso programa, pois enquadramos assuntos de uma forma que atraiu o público jovem."

E não é só Tás quem crê nessa alternativa, como colegas do jornalismo que veem uma atitude empreendedora em ideias assim. Para a jornalista Lilian Wite Fibe, o humor realmente pode ser uma grande jogada. "Eu acredito no humor dentro do telejornalismo, pois os políticos estão ai para isso." A âncora do Jornal da Record, Ana Paula Padrão, também crê nesse estilo: "As pessoas querem perguntas objetivas e respostas rápidas, e aí está o segredo do CQC." Mas Padrão também acredita que há um limite. "O humor melhora tudo, mas cada um tem seu espaço", completa.

Porém, nem todos são adeptos da mesma opinião, como o comentarista político da TV Gazeta Paulo Markun, que acredita ser preocupante programas desse gênero tomarem o espaço de outros formatos. "Esses programas, não tenho nada contra, mas não contribuem em nada para o esclarecimento da sociedade. Não acrescentam, e quando vejo a audiência que eles atraem, me pergunto: ‘para quem isso faz bem’?."

Todos estiveram esta semana na Livraria Cultura, em um encontro promovido pelo Jornal 'O Estado de São Paulo'. Todos falaram sobre os gêneros que compõem a Telvisão, um mês antes do aniversário de 60 anos da criação da primeira TV, a Tupi de Assis Chateubriand.

Mais detalhes no site da TV Estadão: http://migre.me/150Pp

"Estamos vivendo uma photoshopização da vida. Tudo tem que ser bonitinho, certinho, sem palavrão e sem celulite". Marcelo Tás, sobre a norma do TSE que proíbe a trucagem e montagens com políticos por causa da campanha.

Nenhum comentário:

Bem vindo

Aproveite para criticar, sugerir e ver a vida do modo diferente que ela merece.