Enquanto alguns centros oferecem apoio, vários moradores de rua permanecem longe dos espaços públicos criados pela Prefeitura
De um lado, pessoas dormem à tarde, protegidas apenas pelo teto de um posto de gasolina abandonado. Na esquina, um espaço público promete dar outra realidade aos desabrigados de São Paulo. “Tem uma parcela deles que se recusa, pois alguns não conseguem conviver com certo nível de organização”, explica a coordenadora do Centro de Referência Especializado para População de Rua (CREAS POP), Sandra Costa Grandisolli.
O local é uma das iniciativas da Prefeitura para oferecer melhorias à vida desses habitantes. Porém a situação ainda é complicada em diversas regiões da cidade de São Paulo. À frente do prédio do CREAS POP, situado na Avenida Norma Pieruccini Giannotti, na Barra Funda, um morador dormia na calçada, enquanto outros se ofereciam para lavar o vidro de carros.
A cena se repete no Parque Dom Pedro II, região central, onde ao lado das tendas, barracas improvisadas fazem de uma praça a moradia de várias pessoas. Para o ex-morador de rua e presidente do Movimento Estadual em Defesa da População de Rua, Robson Mendonça, não há um serviço eficiente para cuidar dos desabrigados da capital. “Nem o município e nem o estado conseguiram fazer um trabalho de inclusão de fato. Criam serviços emergenciais que são as tendas. É só para o turista não enxergar que ele está na rua”, afirma.
Sandra explica que a Secretaria possui agentes que atuam durante todo o dia para tentar convencê-los a utilizar a rede. De acordo com a Secretaria Municipal de Assistência Social, hoje, são 10 mil vagas nos 55 albergues da cidade, para os mais de 13 mil moradores de rua, segundo a última pesquisa encomendada pela gestão municipal, em 2010. Além disso, a Prefeitura conta com dois CREAS POP (Barra Funda e Bela Vista) e seis tendas.
"O morador de rua grita mas ninguém vê. Porque ele tem medo por ser muito vulnerável. Precisava de alguém que falasse por ele" - Robson Mendonça
Os serviços que existem hoje ainda não sermia suficientes. O psicólogo Valter Varanda, autor de uma tese de dissertação de mestrado sobre o uso de drogas por moradores em situação de rua, avalia que o município busca atender a demanda de atendimentos, mas falta uma abordagem mais abrangente. “Exigiria a articulação de ações de geração de renda, saúde, habitação, capacitação profissional, minimizar o abuso de álcool e drogas, entre outras, que integre as secretarias correspondentes”, argumenta.
“Tenho que saber quem é o morador de rua, quem é a pessoa em situação de rua, quem é o trecheiro, quem é que é dependente químico, quem é a pessoa que é deficiente mental, eu preciso saber de tudo isso para dar o tratamento que cada pessoa precise”, analisa Mendonça.
Segue abaixo portais de locais que prestam serviço e de Organizações que trabalham para melhorar a vida de muitas pessoas na cidade.
Secretaria Municipal de Assistência Socialhttp://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/assistencia_social/
Telefone: 3291-9666
No portal encontram-se os endereços dos centros de convivência e dos de acolhida.
Movimento Estadual em Defesa da População de RuaEmail: situacaoderua@yahoo.com.br,
Endereço: Rua José Bonifácio, 398, Centro, São Paulo
“Tenho que saber quem é o morador de rua, quem é a pessoa em situação de rua, quem é o trecheiro, quem é que é dependente químico, quem é a pessoa que é deficiente mental, eu preciso saber de tudo isso para dar o tratamento que cada pessoa precise”, analisa Mendonça.
Segue abaixo portais de locais que prestam serviço e de Organizações que trabalham para melhorar a vida de muitas pessoas na cidade.
Secretaria Municipal de Assistência Socialhttp://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/assistencia_social/
Telefone: 3291-9666
No portal encontram-se os endereços dos centros de convivência e dos de acolhida.
Movimento Estadual em Defesa da População de RuaEmail: situacaoderua@yahoo.com.br,
Endereço: Rua José Bonifácio, 398, Centro, São Paulo
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