segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Infelizmente, até o próximo desastre

O governo do estado de São Paulo anunciou uma parceria com a Prefeitura de São Paulo para fiscalizar locais que funcionam durante a noite. Decidiu que verá se estão legalizados e se causam algum perigo aos usuários. Seis estabelecimentos foram fechados em Osasco, na Grande São Paulo, e a prefeitura de Barueri também iniciou uma fiscalização extra.


Tudo por conta da tragédia em Santa Maria, Rio Grande do Sul, onde mais de 230 pessoas morreram em um incêndio. Depois disso, das maiores a menores cidades do país, uma onda de fiscalização foi iniciada, fato típico quando um desastre de grandes proporções acontece. São reações que trazem a todos uma falsa sensação de que as autoridades estão agindo.

Quando um maluco atira em todos, entra em jogo a questão do desarmamento. Quando um acidente  de trânsito acontece vem a tona a questão da segurança no volante e da falta de responsabilidade e punição a quem bebe e dirige. O mesmo, quando um ciclista é atropelado, todos falam sobre os direitos de quem pedala, da falta de ciclofaixas. Por fim, especialistas são chamados e dão as soluções que não foram utilizadas antes.

E no meio dessas ondas que chamam a atenção por instantes, algumas vidas se vão, as autoridades têm um surto de reação que dura, no máximo, um mês. Afinal, um mês é suficiente para que surja a próxima tragédia ou outro assunto, o qual se transformará no principal interesse da mídia e dos governantes que querem aparecer. 

Tudo volta ao normal, até a próxima tragédia relembrar a todos que temos sérios problemas.  

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