terça-feira, 5 de outubro de 2010

Nossa ainda e sempre: Frágil democrácia

Desde a infância sempre notei o grande número de papéis espalhados pelas ruas em dias de eleição. Até colecionava-os, juntava todos que conseguia e fazia a festa com aqueles montes de "santinhos".

Mas uma coisa me intrigava. Como eles paravam lá tão cedo? Magia essa que já se acabou a muito tempo. Contudo, só agora descobri como ainda falta muito para essa tal democracia ser efetiva no país.

Escola
Sábado, dia 02 de outubro, véspera de eleição. São 23 horas. Horário em que alguns se preparam para dormir, outros ainda estão andando por aí. E, em frente uma escola, um carro parado com quatro pessoas.

Cada um pega um monte de cartõesinhos com o número de um candidato, o mesmo que estampa o carro. Eles amontoam vários nas mãos e jogam ao alto. Como se fosse uma festa de confetes, fazem com riso, com alegria, e claro, toda a cara de pau do mundo. Dois homens, duas mulheres, que encerram assim o seu trabalho eleitoral.

Denúncia
Juro que realmente pensei em denunciar, olhar a placa do carro e dizer que estavam emporcalhando. Talvez uma viatura próxima veria o crime e faria alguma coisa. Mas conforme fui andando, o resto da calçada me mostrou que não adiantava. Ainda à noite, não só as imediações da escola, como grande parte de toda a rua já estava inundada de papéis.

Papéis para cá, papéis para lá, e de muitos candidatos. Desde o cara que toca o forrosinho como jingle, a até, um deputado que deve entrar por causa de um humorista que arrecadou muitos votos. E nem dessa região dessa escola ele é.

Pensamos muito em consciência na eleição, no voto sério, correto e coerente.
Uma ajudinha na consciência dos candidatos também ajudaria.


Notas da eleição

Joaquim Roriz nomeou sua esposa para tentar vencer as eleições no Distrito Federal. O jornal Folha de São Paulo revelou que antes do debate ela recebeu a explicação do que era tréplica e réplica. Imagina quando explicarem o que é governar.

Tiririca
, da coligação “pior que ta não fica” conseguiu 1,3 milhões de votos e deve elegeu uma galera junto com ele. A imprensa até tem reclamado, mas ninguém avisa as pessoas da proporcionalidade do voto. Quem votou no Tiririca, foi só no Tiririca, mas agora é tarde.

Porém, ele foi o único que teve essa marca dentro dos famosinhos. Devemos louvar a derrota de Ronaldo Ésper (com o mesmo número e do mesmo partido que o saudoso Clô), de Kiko e Leandro do Klb, de Mulher Pêra, e até porque não, Netinho de Paula.

Malufinho não entrou ainda dessa vez, mas teve mais de 500 mil votos. Ainda falta o carimbo do STF, validando a lei, para termos certeza de que essa eleição valeu para alguma coisa.

Contudo STF arquivou o processo de Joaquim Roriz e as indefinições quanto a Lei Ficha Limpa permanecem. Contudo para votar a emenda do RG, um dia foi o suficiente!

Nenhum comentário:

Bem vindo

Aproveite para criticar, sugerir e ver a vida do modo diferente que ela merece.