Confira a trajetória do atual campeão da América e tetra campeão brasileiro
Ao completar um ano como treinador do Santos neste mês de abril, o técnico Muricy Ramalho se consolida quase como uma
unanimidade no futebol brasileiro. A personalidade forte e as conquistas
consecutivas endossam cada vez mais o trabalho do técnico.
Quando chegou ao Santos
no ano passado, o clube da Vila Belmiro estava em situação complicada. Desde a saída de Dorival Júnior, treinador que
montou o time campeão paulista e da Copa do Brasil, o time teve comandantes interinos e, depois, Adilson Batista assumiu, mas só acumulou mais um fracasso nos clubes de São Paulo.
Ramalho chegou em silêncio.
Mesmo sendo o atual campeão brasileiro, sob o comando do Fluminense, ele saiu do clube das laranjeiras em atrito com a diretoria.
Há menos de um ano
dissera não a Ricardo Teixeira, sobre o convite para ser o técnico da Seleção
Brasileira. Fez isso pelo seu compromisso com o Flu e não se arrependeu
conquistando o título nacional de 2010. Mas, assim que 2011
começou, as coisas não andaram tão bem no Rio de Janeiro e ele saiu ainda no
meio da primeira fase da Copa Libertadores.
No Santos, conseguiu dar
equilíbrio ao time de Neymar e companhia. E depois de uma classificação difícil,
conseguiu vencer o torneio mais importante para os clubes brasileiros, a Copa
Libertadores da América.
Torneio este, que Muricy havia perdido
quatro vezes consecutivas, enquanto era treinador do São Paulo. Mas, também, foi no tricolor que ele conseguiu emplacar definitivamente como um dos grandes
nomes do futebol nacional. Conquistou três títulos brasileiros consecutivos, mas não tinha o
mesmo êxito no torneio sulamericano. O que na quarta vez, lhe rendeu a demissão
do comando sãopaulino.
O técnico não se abateu e ainda teve uma passagem turbulenta pelo Palmeiras. Pegou o alviverde na
liderança do Brasileiro e, depois, não conseguiu garantir nem uma das cinco vagas da
Libertadores. Mas, ao assumir o Fluminense, as coisas voltaram ao rumo certo.
"Aqui é trabalho, aqui é trabalho". Ranzinza nas entrevistas, Muricy é o nome preferido de muitos torcedores na seleção brasileira.
A conquista da Copa Libertadores serviu para retirar o rótulo de não ir bem em torneios eliminatórios, que adquiriu no São Paulo: "técnico de pontos corridos".
Mas, vale lembrar, que o Santos campeão não enfrentou nenhum clube brasileiro
(o SP de Muricy caiu quatro vezes para adversários nacionais). No entanto, é
difícil imaginar que a genialidade de Neymar, sob o comando do treinador,
permitiria que ele caísse no meio do caminho. Havia chegado a hora.
Para os santistas, faltou
um título ao novo técnico: o mundial. Mas quem pode cobrar Muricy de não ter
vencido o poderoso Barcelona, de Messi. Os 4 a 0 sofridos no Japão são difíceis
de compreender e de aceitar tamanha superioridade do futebol catalão perante o brasileiro.
Porém, são coisas do
futebol. Hoje, essa mesma superioridade é a que tem Muricy perante os demais técnicos
do Brasil. Seria o nome ideal para a seleção, mesmo com um perfil um pouco mais
defensivo em certos momentos, mas que mostra que, com as peças certas, pode
trazer bons resultados.
Basta saber escolher.
Algo que Mano Meneses não tem feito com sucesso, desde que assumiu a seleção.
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