Não houve quem tirasse dos alvinegros a festa do primeiro título da Libertadores.
Não houve torcida contra capaz de evitar o troféu e, ainda, de maneira invicta.
E com os gols de Anderson Shiek sobre o Boca, se perde uma das melhores piadas dos torcedores
rivais, com certeza. Mas não há como não parabenizar os méritos de um time que soube usar ao
máximo a sua “titebilidade”.
Para conquistar seu primeiro troféu, o Corinthians venceu velhos
obstáculos, dentre eles, todos estavam dentro do próprio clube. A falta de
organização e o excesso de nervosismo levaram várias elencos ao fracasso.
Quem não se lembra de Betão e Coelho, os últimos
crucificados nessas derrotas por terem falhado feio em jogos decisivos. O mesmo aconteceria com Alessandro, quando errou
um passe fatal, mas Diego Souza também errou pelo Vasco e mudou o destino, no lance que se tornou uma dessas
coisas que não tem explicação no futebol. A sorte de Alessandro, muitos outros não
tiveram.
Os outros equívocos costumavam vir da diretoria que nunca
deram a um treinador o tempo que Tite teve para montar sua equipe.
Por fim, tudo jogou a favor. A saída de Julio Cesar resolveu
o problema do gol com a entrada do excelente Cássio. Um jogador jovem que acabou de chegar fez gol em plena
Bombonera, e Anderson Sheik, mais uma vez, mostrou como é pé quente. O jogador é
tri brasileiro e agora ganha a América.
Por fim, Tite. Com sua cara e jeito de calmo, se torna mais
um gaúcho a vencer a Libertadores (se junta a Paulo Cesar Carpegiani, Valdir Espinosa, Felipão e Celso Roth).
Não foi um time que joga bonito, porém, com equilíbrio. Em algumas partidas, equilíbrio exagerado e extremamente
decisivo, que lembrava até o Once Caldas. Mas para afastar a “zica” do time em Libertadores, foi algo necessário para aprender. Tanto que agora, o Corinthians pode dizer com orgulho que aprendeu a
jogar a Libertadores.
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