Betinho tocou de cabeça e é gol. Ninguém conhece bem o autor
do mais importante gol da semana passada. Sabe somente que foi o gol que despertou a alegria apagada em muitos
torcedores palmeirenses em mais de treze anos. As lágrimas rolaram por causa de um simples toque de cabeça.
Para alguns, apenas o futebol é apenas o entretenimento descompromissado que não vale a pena, tendo em vista o perfil de diversos dirigentes, a quem se aproveitam do amor desses torcedores para o próprio enriquecimento. Mas ainda assim, esse torcedor tem peso, tem alma e tem um coração que realmente fica mais feliz ou mais triste com a atuação destes 11 jogadores.
No caso alviverde, as tristezas vem de um longo período. Tempo em que pessoas mal intencionadas lideraram seu futebol, enquanto as bem intencionadas conseguiram repetir o mesmo fracasso. Derrotas e mais derrotas absurdas que sacramentaram um saco de pancadas da capital.
Mas o futebol, como dizem, é feito de fases. E a fase difícil pode ter passado.
O título palmeirense veio merecido, por tudo o que foi visto durante diversas temporadas. A contratação de Luis Felipe Scolari, depois de dois anos, finalmente rendeu frutos e a sorte voltou para os lados do demolido Palestra Itália.
Assim como no arquirrival que teve o surgimento de um desconhecido Romarinho, na fase mais importante da Libertadores, o Palmeiras teve o nascimento de Betinho, quando o novo ídolo Barcos teve que ser submetido a uma cirurgia, no dia da decisão.
Betinho sofreu o pênalti que abriu o placar, em um jogo que o Coritiba era muito melhor. Mas que também sofreu com a boa fase alviverde. Em outros tempos, o Palmeiras jamais escaparia de quatro chances clarissimas de gol sem sofrer nenhum. O universo convergiu para o resultado positivo e, no segundo jogo, para o gol de Betinho no cruzamento de Marcos Assunção (ou Perfeição).
Depois de tanto sofrimento, o grito de É campeão voltou e equilibrou as forças da capital paulista, que vê o time corinthiano muito bem montado e os palmeirenses com a moral renovada.
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