segunda-feira, 16 de julho de 2012

Mais que futebol - Palmeiras campeão da Copa do Brasil

Betinho tocou de cabeça e é gol. Ninguém conhece bem o autor do mais importante gol da semana passada. Sabe somente que foi o gol que despertou a alegria apagada em muitos torcedores palmeirenses em mais de treze anos. As lágrimas rolaram por causa de um simples toque de cabeça.

Para alguns, apenas o futebol é apenas o entretenimento descompromissado que não vale a pena, tendo em vista o perfil de diversos dirigentes, a quem se aproveitam do amor desses torcedores para o próprio enriquecimento. Mas ainda assim, esse torcedor tem peso, tem alma e tem um coração que realmente fica mais feliz ou mais triste com a atuação destes 11 jogadores.

No caso alviverde, as tristezas vem de um longo período. Tempo em que pessoas mal intencionadas lideraram seu futebol, enquanto as bem intencionadas conseguiram repetir o mesmo fracasso. Derrotas e mais derrotas absurdas que sacramentaram um saco de pancadas da capital.

Mas o futebol, como dizem, é feito de fases. E a fase difícil pode ter passado.

O título palmeirense veio merecido, por tudo o que foi visto durante diversas temporadas. A contratação de Luis Felipe Scolari, depois de dois anos, finalmente rendeu frutos e a sorte voltou para os lados do demolido Palestra Itália. 

Assim como no arquirrival que teve o surgimento de um desconhecido Romarinho, na fase mais importante da Libertadores, o Palmeiras teve o nascimento de Betinho, quando o novo ídolo Barcos teve que ser submetido a uma cirurgia, no dia da decisão.

Betinho sofreu o pênalti que abriu o placar, em um jogo que o Coritiba era muito melhor. Mas que também sofreu com a boa fase alviverde. Em outros tempos, o Palmeiras jamais escaparia de quatro chances clarissimas de gol sem sofrer nenhum. O universo convergiu para o resultado positivo e, no segundo jogo, para o gol de Betinho no cruzamento de Marcos Assunção (ou Perfeição).

Depois de tanto sofrimento, o grito de É campeão voltou e equilibrou as forças da capital paulista, que vê o time corinthiano muito bem montado e os palmeirenses com a moral renovada. 

O único por baixo é o São Paulo, de um presidente que parece ter feito um workshop com os piores dirigentes alviverdes do passado. Ele aprendeu muito bem como não administrar um grande clube. Mais isso, é outra história.

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