Falar em paz pode parecer muito simples para resolver um problema tão amplo quanto a violência de São Paulo. Mas, tendo em vista que o motivo dos ataques do Primeiro Comando da Capital são claramente as ações de execução que a Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota) sempre realizaram, não seria um gesto de grandeza a polícia propor essa paz?
A
força policial deveria ser uma coisa boa e importante para as pessoas. Um instrumento social para garantir os direitos de todos os habitantes da metrópole. Mas,
cada vez mais, nas regiões distantes do centro da cidade, a presença de um
policial traz ainda mais insegurança e pouquíssima confiança.
Ninguém
quer que a polícia não combata o crime, como dizem quando ouvem alguém
falando sobre direitos humanos. Porém, é necessário enfrentar a situação com
responsabilidade, parceria com os moradores e não de forma arbitrária.
As ações que começaram em Paraisópolis, Campo Limpo e Capão Redondo, mostradas na TV, trazem pessoas sendo abordadas sem um critério. O fato de estar em uma rua da periferia já significa que você é suspeito, segundo o pensamento da operação saturação.
As ações que começaram em Paraisópolis, Campo Limpo e Capão Redondo, mostradas na TV, trazem pessoas sendo abordadas sem um critério. O fato de estar em uma rua da periferia já significa que você é suspeito, segundo o pensamento da operação saturação.
Que
tal um pronunciamento da Rota, admitindo que é uma força que comete erros, que
cometeu e que pretende juntar forças com as pessoas para resolver os problemas
da Grande São Paulo? Ao invés disso, as redes sociais só propagam mais ódio,
como se isso fosse levar alguém a algum lugar.
O tráfico existe no mundo inteiro, mas somente o Brasil trata do tema como uma questão de vida e, quase sempre, morte. Mas existe um exemplo. No México, o enfrentamento do governo do presidente Felipe Calderon levou a 60 mil mortes na chamada Guerra do Narcotráfico. Será que o caminho que Alckmin e seu secretario de segurança propõem faz sentido?
O tráfico existe no mundo inteiro, mas somente o Brasil trata do tema como uma questão de vida e, quase sempre, morte. Mas existe um exemplo. No México, o enfrentamento do governo do presidente Felipe Calderon levou a 60 mil mortes na chamada Guerra do Narcotráfico. Será que o caminho que Alckmin e seu secretario de segurança propõem faz sentido?
“Quem
não reagiu está vivo” disse Alckmin sobre uma ação da Rota neste ano. Hoje, infelizmente, suspeitos, bandidos, policiais e pessoas de bem não tem essa certeza em
São Paulo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário