sábado, 23 de abril de 2011

Parabéns jornalistas

Dia 07 de abril, Dia dos jornalistas. Com um pouco de atraso, vai o parabéns para estes sofredores amantes da profissão


Um bolo. Para fazer é preciso comprar os ingredientes, seguir uma receita, colocá-los na medida certa, misturá-los, pôr na forma, depois levar ao forno, cobrir (desde que seja um pouquinho mais caprichado), e finalmente servir na mesa. Sem contar que ainda é preciso lavar tudo, pois esse trabalho faz uma baita sujeira.

Um trabalho que durou algumas horas do dia para se ver o resultado. Eis que chega a visita, experimenta em poucos minutos, e ainda diz: “Ficou um pouco seco né?”

Assim como a vida de uma boleira é a vida do jornalista. Mas não leve a mal. Primeiro de tudo, selecionamos as fontes e informações (ingredientes), ouvimos as várias versões, identificamos o que é verdade e o que não é, para finalmente misturar os dados (escrever, editar, narrar- dependendo da mídia em que sairá a matéria) e enfim, finalizar a matéria.

E essa apuração que levou horas, dias, semanas, ou até muito mais do que isso, é lida em alguns minutos, assistida em poucos instantes, para que ainda surjam comentários do tipo: texto ruim, não gostei da matéria, ou pior, “não gostei do título, vou para a próxima.”

Dramas jornalísticos são os melhores

Muitos dos melhores filmes de comédia, nos últimos anos, têm tratado dos dramas vividos na profissão. Parecem ter encontrado uma medida certa de comédia e drama, devido os tamanhos problemas que enfrentam esses batalhadores da área.

Recentemente foi lançado o filme “Uma manhã gloriosa” que mostra a vida de uma produtora com a difícil missão de levar um programa matinal fracassado crescer em audiência. A forma encontrada: uma boa dose de sensacionalismo, um pouco de humor e uma total repaginada.

O programa de conteúdo jornalístico se torna um show com os repórteres participando das maiores atrocidades. Muito acaba parecido com o movimento em que jornais da TV brasileira estão entrando, mesclando o humor com conteúdo. No filme, o grande problema da produtora é o âncora, que faz da sua vida um inferno.

O filme é da mesma autora de O Diabo Veste Prada, outro longa que mostra uma iniciante na profissão, que aguenta sua terrível chefe para seguir na profissão, enquanto não consegue uma vaga em que seja melhor utilizada.

Por fim, só para finalizar uma pequena lista, o filme Marley e Eu, um dos mais famosos longas a tratar do “melhor amigo do homem”, foca muito na vida dos donos. Um casal de jornalistas que acaba deixando um pouco do que gosta para se dedicar a família. Carreira ou família, ser colunista ou jornalista, o que paga mais?

Parabéns. Todos esses são apenas alguns dos desáfios e questões que fazem dessa profissão uma “metamorfose ambulante” (diria Raul Seixas) uma área sem certezas. Ainda tem a questão ética, a dificuldade de sobreviver, como não deixar sua fonte te dominar, a pressa, a exigência de publicar de imediato, a notícia em primeira mão, etc...

Porém, é essa ampla gama de opções que fazem do jornalismo uma profissão tão apaixonante.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Decadência paulista


De vexames em vexames: O que acontece com o Futebol Paulista?
Caiu o último time paulista da Copa do Brasil. O Santos ainda respira na Copa Libertadores e, caso não se perca como fez o Cruzeiro, tem tudo para chegar a mais uma semifinal. No entanto, o futebol paulista parece estar em baixa e já faz um tempo.

sábado, 16 de abril de 2011

1968 - O livro que não terminou

Livro narra o um ano que modificou a história do Brasil. Mas fica a pergunta: o que aconteceu de tão diferente naquela década para a acomodação da população atual

Retrato de uma época, o livro “1968 – O ano que não terminou” é uma obra histórica, em que o jornalista e escritor Zuenir Ventura conseguiu montar um enredo com os principais temas que delinearam o mais complicado momento da ditadura brasileira, o AI-5 (Ato Institucional Número 5). O texto é narrado num estilo de romance não ficção, no entanto, sem concentrar em poucos personagens, e sim, em várias pessoas que participaram dos diversos movimentos da época.

Estudantes. Um dos movimentos mais respeitados pelo autor, e talvez da época, foi a ação estudantil. Dentre suas mobilizações, eles conseguiram reunir cerca de 100 mil pessoas para uma passeata contra a ditadura no Rio de Janeiro. No entanto, os rachas dentro do grupo também foram responsáveis pelo enfraquecimento e rápido domínio do grupo.

A diferença daquele ambiente é que os estudantes tinham um hábito de leitura muito maior do que é visto hoje. Aliando isso a grande repercussão de obras socialistas e de extremistas, os personagens inspiravam nesses jovens o espírito da revolta.

A revolução cubana ainda era recente, e a burguesia da época inspirava os estudantes. Mas o número de pessoas engajadas era imenso, o que assustou a repressão que foi dura, e resultou no ato que ampliava a ditadura, no final de 1968.

Hoje, é possível encontrar o mesmo cenário, mas de forma bem menos concentrada, como o "Movimente Passe Livre", que embora busque direitos inerentes a todos os usuários, não tem em seus integrantes, as categorias mais necessitadas. Não há operários, pedreiros, ou pessoas com maiores necessidades nesses movimentos.

O livro. O autor utiliza a ordem cronológica do ano para traçar uma rota. O início acontece com os movimentos revolucionários que emergiam com toda a agilidade e pensamento estudantil e que acabam eclodindo na reação militar no fim do ano com a instalação de mais um ato Institucional, o mais repressor de todos.

Dentre os personagens principais, se destacam lideres da ação estudantil como Travassos, Vladmir Palmeira, José Dirceu e Franklin Martins. Dentro do Congresso, a ação do deputado Marcio Moreira Alves, o marcito, que foi usado como bode expiatório para a instalação do ato ditatorial.

Também ganham destaque os militares que aplicaram as mais duras punições. No livro se destacam o presidente Arthur da Costa e Silva, mas principalmente, o Ministro da Justiça Gama e Silva e outros generais que já queriam atos para disseminar o terror como Geisel e Médici.

Os depoimentos colhidos no livro avaliam a ação jovem e a resposta militar, e a forma como o autor conseguiu conduzir a história e narrar os fatos mais importantes do ano, faz com que o leitor consiga entrar dentro do contexto e acreditar que àquela realmente foi uma esplêndida geração.

Mas que foram arrasados por um golpe, de um ano que realmente não terminou, pois sentiram por dez anos o peso da mais absurda repressão.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Pesadelos infantis

As dificuldades de uma criança ao dormir


Hora de dormir. Aos sete anos, dormir não é assim tão fácil. É o que acontece com Ailton. Ele está em uma época em que a imaginação cria, transforma e aumenta qualquer pensamento, o que pode ser muito bom ou assustador. Mas, enfim, é hora de se deitar, depois se cobrir, colocar a cabeça no travesseiro, fechar os olhos e esperar o sono vencer. . . . .

Bem vindo

Aproveite para criticar, sugerir e ver a vida do modo diferente que ela merece.