sábado, 28 de maio de 2011

Palavras da Experiência em um Ônibus


"Se as pessoas são felizes, devem passar um pouco da
felicidade que sentem para os outros, pois assim, todo mundo seria mais feliz”

Você dá bom dia, ou boa noite ao motorista do ônibus? É lógico que muitas vezes essa é uma ação que não fará diferença. Ou mesmo, não temos vontade de dar boa noite, pois, qual é a finalidade disso? Outros também preferem ficar em silêncio, pois, não são todos os motoristas que são educados.

Mas e no resto do dia. Você cumprimenta as pessoas?

Certa noite, em um ônibus andando pelas ruas de São Paulo, um senhor comentou com o motorista. “As pessoas não dão mais boa noite”, começava ao perceber que nenhum dos dez passageiros que passaram por ele cumprimentou o motorista.

O motorista não ligou muito, e acha até normal, eis que o senhor explica a função de um bom dia, ou de um simples olá. “Se as pessoas são felizes, devem passar um pouco da felicidade que sentem para os outros, pois assim, todo mundo seria mais feliz”, dizia.

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Paulo Talarico

sábado, 21 de maio de 2011

Coisas Centrais 2

Os artistas que fazem o centro de São Paulo ainda mais original


(Foto: Paulo Talarico)

Quem anda pela Praça Antônio Prado, não deixa de reparar no tumulto e movimentação da hora do almoço, nas engraxatarias que fazem do local algo tão peculiar, na banca de jornal com ar clássico e com os variados tipos de serviços, os restaurantes e, se fechar os olhos, o som de algum músico que se apresenta no centro paulistano.

Um deles é Toninho Nascimento. Pouco à pouco, os andantes param ao seu redor para curtir um pouco de música popular brasileira. Mas ao observar as pessoas, você percebe que algumas são velhas conhecidas do cantor. Algumas, inclusive pedem autógrafo, ao fim de mais uma canção. No entanto, logo se sabe, ele não é um anônimo. Já participou de um programa de TV.

A artesã Rosa Maria, de 51 anos, vem da cidade de Ribeirão Pires para acompanhar o artista, e acredita que talentos como Nascimento deveriam ter mais espaço. “Ele começou aqui no centro. A música está um pouco esquecida, alguém tem dar uma oportunidade.”

Já a aposentada Dione Rios explica que conforme começou a acompanhá-lo passou a ter maior afinidade com o artista. “Eu e meu marido torcemos tanto quando ele estava no programa (ele participou durante 33 semanas do Programa Raul Gil, ainda na TV Record). Daí, a gente começou a ficar amigo. Eu gosto muito de música.”

Mas, além dos conhecidos, existem quem não conhece o artista. Àqueles que não se aproximam do cantor, e a principio estão apenas de passagem. Um deles, um senhor, o qual aparentava mais de 60 anos, se emocionava. Ele ouviu, ficou comovido, demonstrava se lembrar de algo que lhe trouxe muita felicidade, e pareceu não ter mais lágrimas para descrever a alegria que tinha ao acompanhar a sintonia do cantor.


Mesmo assim, não levou nem o CD ou DVD à venda no mesmo local. Só foi embora, e com um olhar, agradeceu as lembranças retomadas.

Sertanejo

Menos de 200 metros depois, você encontra outro cantor. Dessa vez o som é sertanejo e o cantor Fabiano Martins tem direito até a dançarina. Ritinha, que faz seu fã clube. O público chega a ser maior do que da Praça Antônio Prado, no entanto é mais passageiro.

Contudo, o cantor consegue mostrar seu sucesso e faz, inclusive, parte de uma antiga briga do centro da cidade. Ele entrou na justiça para ter o direito de cantar no local. Os questionamentos da Prefeitura são seus amplificadores de som que incomodariam os comerciantes da região. Foi parar no Supremo Tribunal Federal. Mas ele segue cantando, e bem alto "Tá se achando, gostosa, o mulherão...

Cantores nordestinos na Praça da Sé

A Praça da Sé em termos de arquitetura é uma das mais belas. Mas também é nela em que os moradores de rua encontram um último abrigo, durante o dia. Também nela, por vezes aparece a banda nordestina Luar do Sertão. São cinco integrantes, com sanfona, triângulo, chapéu característico, roupa sertaneja, e tudo com a maior boa vontade.

Uma pessoa passa e avisa: “A TV está ali! Vão lá se apresentar!”

O líder da banda, que já havia colocado o chapéu no chão, recebe sua primeira moedinha e desabafa. Depois de cantar “Asa Branca” ele fala da desilusão da fama. “Já fui em um programa na televisão e não ganhei nada. Prefiro ficar por aqui, com quem gosta da gente e nos ajuda de verdade”, encerra.

sábado, 14 de maio de 2011

São Paulo é um lugar de “gente diferenciada”

Da região central aos bairros, a diversidade é a marca da cidade



"Eu não uso metrô e não usaria. Isso vai acabar com a tradição do bairro. Você já viu o tipo de gente que fica ao redor das estações do metrô? Drogados, mendigos, uma gente diferenciada..."

Declaração de moradora de Higienópolis ao jornal Folha de S.Paulo.
A frase que gerou a polêmica da semana. Logicamente, que alguns moradores com bom senso não questionam a “gente diferenciada” e sim, outros impactos que terão em sua moradia. Porém estes terão que aguentar a piada pronta.


Mas, que vontade de ter passado para comer o churrasquinho que marca o que é a cidade de São Paulo. Um lugar de gente diferenciada. E não adianta fugir. Da zona sul à zona norte, da zona leste à zona oeste, no centro, o que não falta é diversidade (e bota diversidade nisso, desde de moradias a até de pessoas). Por isso a cidade é o que é.

A sorte dos moradores de Higienópolis é morar em uma região que pode ter o privilégio de não querer uma estação.

Imagine só se quem pensa como essa moradora pudesse andar um dia de ônibus pela Estrada do M’Boi Mirim, onde não há linha nem de trem e nem de metrô e a superlotação já é mais do que sofrível. Ou, imagine um dia nos trens oriundos da zona leste com aquele clima gostoso de estar sendo esmagado.

Isso porque o metrô é sinônimo de melhora, conforto, embora seja super-lotado. Imagine se fosse uma linha da CPTM que fosse passar por lá, com os vendedores gritando “olha a bala”, “olha a tabuada” ou “quem quer gaita”. Aí sim, os moradores iriam até às ruas para impedir essa balburdia.

sábado, 7 de maio de 2011

Que fim levou Bin?

Início

Onze de setembro de 2001. A escola Doutor Américo Marco Antônio comemorava o dia do Patrono. Os alunos da quinta série, assim como todos os outros, não tinham a menor ideia de quem era o patrono e nem qual era a importância deste para suas vidas. O que sabiam era de duas coisas: 1) não haveria aula e sim a tal festa. 2) Os alunos foram convocados para a festa.

Aos que faltaram, a expectativa era assistir ao desenho Dragon Ball – Z, que começava a ser transmitido pela Globo, depois de anos de transmissão pela Band. O vilão do desenho era Madin Boo. Mas, ao invés do desenho, quem ficou em casa teve sua primeira aula de história, e passaria a conhecer outro vilão. O vilão do século 21. Osama bin Laden.

Fim

Àquele dia marcava o primeiro capítulo de dez anos. O ataque ao World Trade Center em Nova York, e a confirmação Bin Laden nos livros de história. Decepcionante é saber que Bin estava escondidinho em uma mansão, não tão longe da capital do Paquistão. O grande problema agora é saber realmente o que aconteceu, porque o que não falta são versões e mais versões americanas.

-O corpo foi jogado no mar
- Ele usou sua mulher de escudo. Ele usou uma mulher de escudo. Ele não usou uma mulher de escudo.
-Ele atirou. Ele não atirou, mas estava armado. Ele tinha armas perto dele.
- O corpo foi jogado no mar.

Tudo para que as dúvidas permaneçam e pensamentos conspiratórios aumentem. No entanto, isso também faz parte daquilo que mais gostamos. Pensar e repensar.



Para você, que fim levou Bin?

terça-feira, 3 de maio de 2011

Comemorações esquisitas

Sábado chuvoso. As pessoas se aglomeram na véspera do Dia do Trabalhador. Um grande cartaz anuncia, o Prefeito estará ai. Devem servir bolos e salgados para animar as pessoas. Todos preparados para escutar uma boa dose de discurso e, além do mais, receber seu prêmio nesta comemoração:

O primeiro carnê do IPTU
É isso mesmo. “Neste sábado os moradores receberão o primeiro carnê do IPTU”, e de alguma forma maluca, a primeira cobrança do imposto se torna festa. Mas com uns bolinhos...

Bem vindo

Aproveite para criticar, sugerir e ver a vida do modo diferente que ela merece.