domingo, 12 de dezembro de 2010

O fim da privacidade

Todos sabem o que fazemos, o que queremos, e o que faremos. As vezes porque queremos que saibam, mas nem sempre


O tema é velho, mas ganha sempre novos contornos. A falta de privacidade há muito tempo já é destaque, devido às facilidades das redes sociais. Tudo o que fazemos, o que pretendemos fazer, o que fizemos, ou o que deixamos de fazer, muitas vezes, é registrado periodicamente em algum meio, e por vontade própria. Mas a invasão de privacidade cada vez mais encontra os altos escalões.

O Wikileaks expôs no início dados relevantes sobre as guerras no oriente Médio, os abusos que soldados americanos fizeram no Iraque e Afeganistão, e até aí, o mundo descobria um pouco mais daquilo que já imaginava. No entanto, os últimos informes com dados de telegramas entre governos mostrou em muitos momentos apenas o que certas pessoas ‘de poder’ pensam sobre outras.
Acho que o Brasil é antiamericano, porque defende o Irã.
Fulano não é de nada.
Chaves é um louco.

O problema em mostrar isso, é que tem gente que não um censo definido, como presidentes impulsivos que podem criar um conflito por causa de um comentário maldoso. Imagina o presidente do Irã ou da Coreia do Norte mais contrariados do que já são, é um problema. Todos acham que não são racionais, mas na voz de uma pessoa com cargo importante tudo ganha proporção.

Outro aspecto interessante sobre os dados divulgados e de tudo que tem sido publicado pelo portal do hoje preso, Julian Assange, é sobre a apuração. Algum desses veículos jornalísticos está verificando a veracidade das informações antes de jogá-lo a tona e detonar, seja quem for, na mídia?

Lula

Olha a defesa do presidente Lula ao criador do portal foi extremamente pertinente. “Estranho é que o rapaz que estava desembaraçando a diplomacia americana, foi preso, e não estou vendo protesto contra a liberdade de expressão”. Mas fica a dúvida, será que Lula só quer ser do contra, ou tem algo que ainda será revelado em mais uma postagem do delatador de governos.

Não tem limites

E não há limites para aquilo que pode ser divulgado, principalmente, quando a questão se torna internacional. Quem autorizou as imagens das residências no Google Street View? Será que não pode ser usado por pessoas mal intencionadas, será que é tão bom ter tudo tão fácil a sua frente. Enfim, são transformações, porém, que cada vez mais se aproximam de cada um. Como neste momento se aproximam de quem lê esse texto.

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