sábado, 26 de março de 2011

E a ficha limpa

Ainda não limpou

Na primeira entrevista do novo ministro do Superior Tribunal Federal, o juiz Luiz Fux, disse a Heraldo Pereira, do Jornal da Globo, que suas decisões se baseariam no seguinte: “o que for bom para o Brasil será bom para mim.”

Uma frase muito feliz e que se funcionar vai nortear um bom andamento do tribunal que decide sobre a constitucionalidade das leis.

Eis que vem a tão esperada votação da validade da Lei Ficha Limpa para a eleição do ano passado, aquela que estava empatada em cinco a cinco. E ele voltou no Não.

Eu sei que há motivos para a votação. Alguns até coerentes por sinal. Sei também que o STF não tem a obrigação de decidir baseado na “opinião pública”. Mas, justamente quando você começa a se animar com uma lei que pune um político desonesto, ela é devastada por vários poderes. Fica ou não fica uma chateação?

Que até 2012 exista pelo menos um pedacinho dessa lei ainda em vigor, e que as próximas iniciativas não sejam destruídas pelos recursos, politicagens e afins que atingem a todos os setores do país.

Mas, o melhor é ser cético, e continuar sem acreditar em nada. Ou abstrair os políticos, da mesma forma que eles abstraem da consciência que estão acabando com o Brasil.

sábado, 19 de março de 2011

Qual a sua história com o Cine Belas Artes?

Que Pena...



Pouco se pôde fazer com relação ao Belas Artes. E isso é o que deixa a maior tristeza. Fica a esperança de que não seja um adeus.

Conheci o Cine Belas Artes, somente depois de conhecer a Patrícia, minha namorada. Antes disso, para mim um cinema nada mais era do que um local onde passa um filme, e que deve ser complementado por um Mc’Donalds, ou algum lanche calórico caro e gostoso. Não tão gostoso quanto era o Belas Artes.

Quando fui pela primeira vez, também tinha pouco conhecimento de São Paulo, e não saberia quantificar a proporção da história de um cinema como aquele.

O primeiro filme que assisti ali se chamava Abraços Partidos. Um filme bem recomendado pela crítica, e que faz você ver os créditos anunciarem o fechamento e se perguntar: “Ele é muito ruim, ou será que eu não sei ver um bom filme?”. Espero que seja a primeira opção.

Mas nem um filme horrível estragou o clima que aquelas pequenas salas proporcionavam. Cada sala com o nome de uma grande personalidade da cultura brasileira. O que mais me impressionou foi a vista, que, embora ficasse de costas para a Avenida Paulista, e mostrasse somente uma restrita parte da Consolação - ver janelas que mostram o céu noturno - era demais.

Comer então, nem se fala. Cada salgado tinha um toque pessoal, que parecia ser feito para cada um, como um aperitivo caseiro que acaba de sair do forno. Claro, que a magia não era tão forte, quando percebíamos um cinema cheio, e as pessoas correndo. Mas o lanche, o pão de queijo, e tudo ali, dava um ar tão bom, e a impressão de quer era impossível a noite não ser boa.

O cine Belas Artes ficou longe de ser um cinema para quem gosta de aventuras, alta tecnologia, efeitos especiais e derivados. Mas o espaço era único, era romântico, era pessoal, era amigável. Mesmo depois do primeiro filme ruim, voltamos, e voltamos novamente.

Acompanhamos filmes bons, lançamentos, e outros que chegaram a ser piores do que o primeiro. Mas o Bela era diferente, e é estranho que um cinema de tantos anos tenha conquistado pessoas mais jovens. Talvez fosse a experiência.

De algum jeito, além de ser um marco histórico, ele era a prova de que é possível fazer cultura para as pessoas.

Mas era a prova... Que pena.

Pena também só ter escrito sobre ele quando fechou, mas na esperança de escrever novamente quando ele voltar.

E você: Qual é a sua história com o Belas Artes?

sábado, 12 de março de 2011

A evolução dos Rits do Verão

Não dá para saber quando começou. Só é possível imaginar que não vai acabar



A cada novo ano, novo carnaval, ou novo verão, tão certo quanto às enchentes de início de ano são os “rits de verão”. Este ano, por exemplo, é impossível não pensar em “Vou não, posso, não, quero não, minha mulher não deixa não, quero não, posso não”.

sábado, 5 de março de 2011

As São Paulos dentro de São Paulo

São Paulo é uma metrópole dentro de várias metrópoles. Veja um pouco sobre a cidade que está ao nosso lado, e que muitas vezes fazemos questão de não ver.


Outro mundo. Na região da Luz, enquanto alguns assistem à operas na Sala São Paulo, pessoas vivem em prédios abandonados, casas destruídas e no meio do nada



A região da Luz, que já foi mais do que tema deste blog, em todos os sentidos segue triste e abandonada. Podia ser um dos melhores lugares para se visitar da cidade, mas assusta pela pobreza, miséria, drogas e problemas enfrentados pelos moradores. Mas o mais complexo, e mais tenso é o que está por traz da Luz.

Entre a estação Julio Prestes e Barra Funda, o abandono assusta. Casebres e barracos com vários andares, prédios abandonados que lembram os melhores cenários de cidades fantasmas visto em filmes americanos. A janela do trem passa a poucos metros de toda a deterioração.

E lá você ainda enxerga que tudo aquilo se torna um grande condomínio fechado, de quem não tem o que fazer. São escadas sem paredes, que mostram para quem passa, as crianças seminuas e descalças brincando, mesmo sem ter com o que brincar.

De olhos como os meus que só observam, se assustam, se revoltam. E muitas vezes estão de mãos atadas, pois estão amassados dentro da composição, obrigados a ver o que é a realidade humana. Em meio a isso, está a Sala São Paulo, local reformado e que é palco das principais obras eruditas da cidade.

A dúvida que fica é: Será que não é possível revitalizar essas áreas e dar uma oportunidade social à essas pessoas?

terça-feira, 1 de março de 2011

Vexames são vexames


Poupando ou não os jogadores, se time não se concentrar fica impossível passar por seus fantasmas

No futebol, resultados inesperados, zebras, vexames, fiascos ou como você preferir denominar sempre acontecem. Contudo, a cada momento, um time diferente tem a missão de ser o surpreendido, e consequentemente o mais zoado, e de fazer a festa, pelo menos momentânea, da crônica esportiva.

Bem vindo

Aproveite para criticar, sugerir e ver a vida do modo diferente que ela merece.